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terça-feira, 22 de abril de 2014

LIMA – CUZCO, VALE SAGRADO E MACHU PICCHU – ABRIL/2014

22 de abril é meu aniversário e caiu num feriadão de 6 dias. Não podia deixar passar em branco. Eu e minha filha caçula decidimos conhecer uma das 7 maravilhas do mundo moderno – Machu Picchu.
Imaginava que Machu Picchu seria a única atração interessante da viagem. Ledo engano... é a “cereja do bolo” mas, há cultura Inca por todo lado, iniciando por Cuzco que eu julgava ser um pequeno povoado, tipo um local para hospedagem e acabei descobrindo que foi o Império Inca. Na própria Cuzco há muito que se fazer. Em todo Vale Sagrado há cidades Incas imensas como Ollantaytambo e Pisac, além de trilhas que ligam elas.


Abril não é o mês indicado para passear por essa região, em termos de clima. O ideal é entre maio a outubro quando os dias são geralmente ensolarados, com poucas chuvas. A temperatura, durante todo o ano, varia entre 9º. e 18º. Mas, acabamos dando sorte e só pegamos uma chuvinha na manhã que subimos a Machu Picchu. Mesmo assim, foi rápida.


O Perú tem uma geografia privilegiada e bem definida:




18/04 - Lima

Nossa viagem seria apenas a Cuzco e Machu Picchu sendo Lima um ponto de conexão.
Entretanto, nosso vôo de conexão foi antecipado, saindo de Lima antes de sairmos do Rio.
O que a princípio foi motivo de revolta, se transformou num belo presente.
A Avianca, passou nossa conexão para o dia seguinte e nos hospedou no Melia em San Isidro com refeições e translados de ida e volta.
O hotel, categoria executivo, é muito bom. Funcionários prestativos, atenciosos e sorridentes.
Cama super confortável, quarto silencioso, banheiro com ducha forte e banheira. Wi-fi grátis e de excelente qualidade em todas instalações.
As refeições foram uma surpresa a mais. Elaboradas por chef, que teve a sensibilidade de vir a nossa mesa perguntar se agradou e explicar a elaboração dos pratos. Sensacional.

O porteiro nos conseguiu um motorista com carro confortável que, por duas horas, nos mostrou Lima e os municípios vizinhos. Recomendo os serviços do Javier Pascual – Tel. (511)9871-06130, taxi@remisseperu.com e o site: www.remisseperu.com

Chama atenção a parte costeira de Miraflores.

Um imenso barranco onde apenas a rodovia o separa do mar. Várias placas avisam para evacuar o local em caso de tsunami. Me lembrou bastante Salvador com a “cidade alta” e a “cidade baixa”. A diferença é que em Lima, há cidade na parte alta. Na parte baixa, somente as praias e alguns bares.


Dentro d'água, muitos surfistas e alguns poucos malucos se banhando na água gelada.

Nesse lindo lugar tem um bar, conhecido como “Salto do Frade”. 
Um insano se veste de frade e pula no mar de 5 em 5 minutos, em troca de umas moedas.
O salto é de uma pedra a uns 20m do mar.
 Nosso motorista disse que ele tem várias cicatrizes de acidentes nesse salto.
Eis um vídeo do salto:


Fomos até um mirante, no fim da praia, de onde avistamos grande parte da cidade, incluindo muitos barracos.


Na subida, vimos que os “motoboys” locais utilizam “tuc-tuc” – aquela geringonça indiana, meio moto, meio carro.

No alto do mirante  há um Cristo de bom tamanho.


A cidade de Lima me surpreendeu por suas largas avenidas. Muitas casas e os poucos prédios, são de no máximo 4 andares (com raras exceções). O povo aqui se preocupa com os sismos, como eles chamam terremotos.
Nosso passeio terminou num shopping em Miraflores - o Larcomar, a beira mar.









Depois de bater perna pelas lojas e não comprar nada por não valer o custo x benefício, nos sentamos no restaurante Mangos e nos deliciamos com um prato variado de aperitivos com frutos do mar, assistindo ao pôr do sol no pacífico.




















Na saída, pegamos um taxi com intenção de ir para o hotel mas, conversando com o taxista, esse nos levou numas lojas de artesanato para comprar bugigangas antes de nos deixar lá.
No hotel, cansadas da noite mal dormida e bate pernas, tomamos umas cervejinhas enquanto esperávamos a janta e dormimos cedo.




19/4 – Catedral e Qorikancha – Templo do Sol

O voo de Lima a Cuzco foi tranquilo e com uma vista maravilhosa, sobrevoando a Cordilheira dos Andes.

Chegamos em pouco mais de 1h. O mesmo trajeto por via terrestre leva 22 horas!!! Imagino a estrada: subidas, descidas e muitas curvas.

Sobrevoando Cuzco tive uma surpresa: imaginava uma pequena cidade mas, ela é enorme. 


Depois soube que a população é de 500 mil habitantes. Ainda estava maravilhada observando o tamanho da cidade quando o avião fez uma curva, já bem baixinho e a impressão que tive é que a asa esquerda iria tocar no morro ao lado... UAU, gritei junto com a gringa sentada ao meu lado.




Interessante os telhados das casas....


















As ruas são de paralelepípedo e com muito, muito trânsito... as guardas de trânsito, são mulheres.









Principalmente no Centro Histórico, as ruas são muito estreitas








Desembarcamos pouco mais de 11h. Michelle da Machu Picchu Brasil (agência de turismo brasileira com sede em Cuzco e filial em São Paulo-BR) nos aguardava. Foi uma grata surpresa pois quando fechei o pacote da parte terrestre com ela, trabalhava em São Paulo mas, disse que está passando quatro meses em Cuzco para treinamento.



Nosso hotel foi o Siete Ventanas. Localizado no Centro Histórico a duas quadras da Plaza de Armas. Bom serviço, sono confortável, chá de coca a disposição o dia todo e funcionários amáveis.
Chegamos no hotel por volta das 12h, pedimos uma canja de galinha (há recomendação expressa de não consumir bebidas alcóolicas e se alimentar de coisas leves no primeiro dia de altitude).e bebemos nossa primeira cota de Chá de Coca.

Essa é a nossa paisagem no café da manhã.






As 13h vieram nos buscar para nosso primeiro passeio. Um tour arqueológico por Cuzco e cercanias.
Começamos pela Basílica Catedral de Cuzco, localizada na Plaza de Armas. Quando o ônibus se aproxima, aparecem vendedores de tudo quanto é tipo de buginganga além das mulheres com crianças vestindo roupas típicas implorando por fotos que serão cobradas. Eles são chatos, esteja preparado para repetir muitos “no, gracias”. Por fim troquei o discurso e só repetia: "ya compré, gracias”.

É necessário comprar ingresso - $ 25 nuevos soles. A Catedral é belíssima por fora e por dentro. São 2 naves menores e 1 nave imensa. Seu interior é todo dourado e abriga um grande acervo de obras barroco espanhol. Infelizmente, no interior fotos são proibidas. A guia era chegada em história e se animava em contar detalhes de cada peça do interior da igreja. Por fim cansei e fui esperar do lado de fora.

Em seguida, andamos duas quadras e chegamos a Qoricancha (sítio de ouro), também conhecido como Templo do Sol. É um dos mais importantes templos Incas. Os espanhóis aproveitaram as bases das paredes construídas em pedras e sobreporam paredes de tijolos, erigindo a Igreja e Convento de São Domingos.
O ingresso custa $ 10 nuevos soles.


A animada guia continuava contando a história do local, em detalhes. Minha barriga e da Domi roncavam de fome (a canja aguada tinha ido embora há tempos). Decidimos abandonar o grupo e procurar comida! Encontramos uma ótima pizzaria na Plaza de Armas.

Cuzco (não reparem se as vezes escrevo com “z” e outras com “s”, eles fazem isso lá também e voltei sem saber qual a grafia correta. O mesmo acontece com Pisac, Pizac e Pisaq), está a 3.400m de altitude. Aliás, achei muito engraçado quando decolamos e o mapinha na TV da aeronave, indicava altitude de 3.400m quando ainda estávamos taxiando.
Estava muito preocupada com o “Soroche” – o mal de altitude, principalmente porque sou fumante e Domi por vezes tem dor de ouvido em voos.
O soroche é causado por conta da oxigenação reduzida no sangue e pode manifestar-se através de alguns sintomas como: dor de cabeça, fadiga, náusea, tontura, falta de ar e coração palpitante. Ao perceber qualquer um desses sinais, diminua o ritmo e evite esforço físico desnecessário. Em minha pesquisa prévia, descobri o remédio Diamox utilizado por alpinistas e tomei um na véspera de minha chegada e outro quando cheguei. Além disso, abusei do chá de coca, disponível no saguão do hotel. Há ainda balas de coca a venda por tudo quanto é lugar.

Em Cuzco é fácil achar o “Soroche Pills”, um remédio que promete diminuir muito os sintomas. Além dele, é possível comprar o OxyShot. Um mini cilindro de oxigênio.

No primeiro dia tive um pouco de dor de cabeça durante a noite, um Advil resolveu o caso. Minha filha teve dor de cabeça no 2º. dia e o remédio foi o mesmo.
Só enfrentei problemas quando visitamos o Moray, como relato abaixo.


20/4 – Chinchero, Artesãs, Moray e Salinas de Mara

É domingo de páscoa. Os peruanos, maioria católicos, celebram a data festiva. É dia de usar roupa nova para celebrar uma nova vida.

Nesse dia, a guia nos pegou cedo no hotel. Fomos caminhando até uma praça, por trás da Plaza de Armas de onde saem os ônibus de turismo. Saímos de Cusco que está a 3.400m e passamos por lugares com até 4.000m. O conselho é ficar quietinha dentro do ônibus, observando as belas paisagens que a Cordilheira proporciona. Nas paradas, não ter pressa.
Curiosidade: não existe uma grande via para sair/entrar em Cusco. Para acessar as rodovias, passamos por ruas estreitas, subindo sempre.
Passamos por Chinchero, um povoado de onde se avista montanhas nevadas.

Estamos a 3800 m de altitude. Um grupo de nativos, joga futebol num campinho, onde um dia foi um imenso terraço Inca. Como pode? A essa altitude?

Paramos no povoado para fotografar construções incas, que vimos de longe. Em seguida, visitamos uma cooperativa de produção artesanal de roupas. As mulheres nos recebem vestidas a caráter, com cânticos e uma chuva de pétalas de flores.



Em seguida, nos guiam para uma área aberta onde explicam e demonstram cada passo da confecção, desde a limpeza e tintura da lã até a produção de roupa.



No final, podemos comprar peças a preços bem mais baratos que na cidade.
E ainda nos emprestam chapéu e estola para fotos.

No local há uma pequena criação de Quee (porquinho da Índia). Peruanos comem muito. Eles são assados e servidos inteiro (arghhh). Vimos pelas estradas, barraquinhas onde assam e vendem.

Saímos da estrada principal e seguimos por uma estrada de terra, passando por uma zona agrícola. Passamos pelo povoado de Maras, onde no período colonial viveu uma comunidade jesuíta numerosa. Em seguida fomos as ruínas de Moray. Um sítio arqueológico a 3500 m de altitude e a aproximadamente 50km de Cusco.



É necessário pagar ingresso. Vale muito a pena comprar o Boleto Turístico Del Cusco com ingresso para 16 atrações diferentes (Ollantaytambo, Monumento Pachacuteq, Centro Qosqo de Arte Nativo, Museo Histórico Regional, Museo Municipal de Arte, Museo de Arte Popular, Pisac, Moray, Chinchero, Tambomachay, Pukapukara, Q’engo, Museo de Sitio del Qoricancha, Tipón, Pikillacta e Saqsayhuamán)- $ 130,00 nuevos soles.





Esses terraços construídos pelos Incas, tinham a finalidade de testar os diversos tipos de agricultura.
 
O local foi um imenso laboratório agrícola Inca, formado por quatro anfiteatros de pedras circulares superpostas, em uma profundidade aproximada de 150 metros.







Pesquisas recentes afirmam que há diversos micro-climas em cada estágio. Quanto mais baixo, mais quente. O sistema de irrigação é perfeito, mesmo no período de chuvas intensas eles permanecem intactos

Fui atender ao desejo de minha filha e descemos até uns 70metros. Na subida, o soroche me pegou. Fiquei ofegante. Precisei subir bem devagar. Chegando no ônibus, melhorei e não tive mais qualquer problema com a altitude.

Fomos então para Salinas de Mara.  Ela pertencia ao governo e foi doado a famílias.
Paga-se 7,00 nuevos soles para ter acesso.

É impressionante pensar em Salinas tão longe do mar mas, a Cordilheira dos Andes já foi mar!!!



Neste site, encontrei explicações sobre a Salinas.

O guia contou que a primeira camada dos poços, são para consumo humano após acrescentar iodo. A segunda camada serve a indústria farmacêutica. A terceira, alimentação de gado.

Voltamos do passeio por volta das 15h. Almoçamos no Fusio. Pedimos um prato de assados que, em tese, serviriam 2 pessoas. Comemos muito e sobrou mais da metade!

Para fazer digestão fomos fazer umas comprinhas no Mercado Municipal de Artesanato. Fica num imenso galpão com muitas lojinhas. Alguns quarteirões de distância de nosso hotel. Preferimos pegar um táxi que custou $ 5 nuevos soles.

Aproveitamos para experimentar a Inca Kola. Muito doce, com sabor de chiclete.

A noite, saímos para jantar e fomos atraídas por uma banda de rapazes muito jovens, tocando rock de excelente qualidade no Museo del Pisco. No piso principal, há prateleiras com uma variedade imensa.



No subsolo, funciona a cozinha e tem mesas com uma decoração super aconchegante.


Bebemos drinks com Pisco e saboreamos pratos típicos além dum sushi sensacional.



21/4 – Vale Sagrado: Pisac e Ollantaytambo

A excursão de hoje é pelo Vale Sagrado, terminando em Águas Calientes, onde pernoitamos.

Primeira parada em Ccorao, na feira de artesanato Inkaq Samanan. Região dos principais terromotos no peru. Há uma falha de 286 km nessa região, sendo aqui o epicentro.


Alguns quilômetros adiante, paramos num lugar chamado Awana Kancha em Pincher onde há vários tipos de llamas além de construções típicas da vida indígena.

Esse local é excelente para interagir com as lhamas. Há alimentação disponível para oferecermos.

O melhor de tudo, é grátis!


Um pouco mais a frente, uma parada no Mirante para avistar o vale, rio e montanha Vilcanota. É lindo demais!



Um detalhe curioso: o rio se chama Vilcanota até cruzar aquela curva adiante. Depois chama-se Urubamba e é considerado o principal afluente do nosso Rio Amazonas.






Mais alguns quilômetros e chegamos a Pisac. É uma antiga cidade inca, localizada no alto da montanha. Na parte baixa, vive o povo oriundo da colonização espanhola. Há hospedagens, restaurantes e uma grande feira de artesanato.

Há uma estrada asfaltada até a entrada da cidade Inca, ou seja tem excelente acessibilidade.

A cidade Inca impressiona pelo seu tamanho, espalhada pelas montanhas. Quem quiser conhecer todo o complexo deve reservar umas 4h (não foi nosso caso).


A localização é a parte mais oriental da cordilheira dos andes. Estamos muito próximos da floresta amazônica.

Na saída, comemos uma espiga de milho cujos grãos são imensos e brancos. Só é produzido no vale sagrado. Ele cresce somente entre 2800 e 3200 m de altitude

Do alto de Pisac tem-se uma vista deslumbrante do vale.


A barriga roncava... estava incluso na excursão o almoço que aconteceu no Restaurante Tunupa, em Urubamba. Não recomendo!!!!

O local é lindo. Uma típica Hacienda espanhola, a beira do rio Urubamba e que recebe vários ônibus de excursão.
A princípio ficamos maravilhados com a variedade de pratos mas, além da maioria ter pimentão (sou alérgica a esse vegetal) os demais tinham um sabor insosso ou muito apimentado. Domi passou mal com a comida, precisou chamar rauulllll.... ninguém que estava em nosso ônibus gostou da comida.

Fomos então para Ollantaytambo que é uma das maiores cidades incas.

















Para conhecê-la há que ter muita disposição.







Contei 17 terraços /estágios. De um para outro há em média 8 degraus.


Mas a cidade se espalha lá em cima e há muito que caminhar para um lado e para o outro.


Não subi, preferi guardar meu fôlego para Machu Picchu. Domi foi e fez lindas fotos lá do alto.


No fim dessa visita, parte do grupo que estava no ônibus voltou para Cuzco. Eu e Domi ficamos na cidade aguardando a hora para embarcar no trem, com destino à Águas Calientes. Achamos um bar com pizzas deliciosas, cerveja gelada e Wifi na Plaza de Armas.

E alí ficamos observando um pouco mais a bela cidade Inca de Ollantaytambo.

Na hora agendada, fomos para estação ferroviária.
A passagem custou US$52,00 de ida (Ollantaytambo/Machu Picchu) e US$69,00 de volta (Machu Picchu/Cuzco).
A viagem de trem até Águas Calientes é feita pela Perurail ou Incarail. De Ollantaytambo são 1:40h de viagem.
Já havia anoitecido e perdemos o melhor dessa viagem que é a paisagem. O jeito foi relaxar na confortável poltrona. É servido um lanchinho a bordo, o que ajuda a passar o tempo.





Chegando a Águas Calientes, me surpreendeu que a linha férrea passa por dentro do povoado.

A calçada serve também de plataforma de desembarque. Para embarque, há uma estação que é acessível passando por dentro da Feira de Artesanato.



É um povoado bem pequeno, encravado num vale com montanhas altíssimas ao redor. Possui uma única rua que cruza a linha férrea. No mais, são becos onde ficam restaurantes, lojas e hospedagens. A altitude baixou bastante, estamos a 2.000m.






Um funcionário do hotel aguardava e nos levou até o Hotel Hatuchay.
Localização excelente!!! De frente para o rio Urubamba que ali passa em forma de forte corredeira. Havia lido no TripAdvisor hóspedes reclamando do barulho do rio enquanto outros elogiavam, concordo com os últimos. Apesar do som ser muito alto, é emocionante dormir com o rugir das águas.

Nossa estadia incluía um jantar no hotel. Domi chegou tão quebrada que dormiu sem janta!
Comi uma deliciosa Truta, sem espinhas, ouvindo o rugir do Urubamba.
Me deitei por volta das 23h. Apesar de não sofrer de insônia e estar muito cansada, não conseguia dormir. Creio que a ansiedade pelo dia seguinte junto com o som do rio, me tiraram o sono. Apaguei depois das 2h.


22/4 - Machu Picchu

As 6h estava de pé. Era meu aniversário e iria comemorar em Machu Picchu!!!


Trocamos de roupa rapidamente e descemos para o bem servido café da manhã. As 7h nosso guia nos pegou no hotel e caminhamos até a lojinha deles, próxima ao ponto de ônibus. Esse ônibus é exclusivo para ir à Machu Picchu. Me parece que só ele é autorizado a subir a super íngreme e sinuosa estrada. Saem um atrás do outro, é só lotar e sair. O mesmo acontece na descida. Não lembro quanto custa o bilhete do ônibus, é necessário comprar antecipadamente e apresentar no embarque. Abaixo foto da estrada... ui

Os aventureiros podem subir os 450m a pé. As mesmas curvas da estrada possuem trilha para quem quer pagar promessa.. hehehe.

7:30 nosso ônibus saiu. Apesar de não ser longa, a estrada em zigue zague é estreita e muito íngreme, demoramos uns 20minutos para chegar. Lá no alto existem: um luxuoso e caro hotel, um restaurante e a portaria de acesso a Machu Picchu, todos juntinhos.



Fomos ao banheiro pois dentro da cidade Inca não tem e ingressamos portaria adentro. O ingresso custa $126,00 soles. É importante comprar com antecedência pois há limite de visitantes diário.





Eu achava que teríamos uma subida longa para chegar. Seguimos pelo corredor,










viramos uma esquina e Machu Picchu se apresenta em todo seu esplendor!










Sim, o acesso é muito fácil... já entramos no “meio” da cidade.







A superfície edificada tem aproximadamente 530 metros de comprimento por 200 de largura e contém 172 edifícios em sua área urbana. As ruínas incas encontram-se a meio caminho entre os picos das duas montanhas (Machu e Huayna Picchu), a aproximadamente 450 metros acima do nível do vale e a 2.438 metros acima do nível do mar (wikipedia).
Nosso guia falava um portunhol fácil de entender, o grupo era composto apenas de brasileiros. Com voz pausada, contava os detalhes de cada setor e a História dos Incas.

Nos apresentou o Templo do Sol






Embaixo dele fica o Túmulo do Rei
















Vimos ainda o Templo da Água












A casa do "chefe"


















Há uma área com llamas. Elas ficam num terraço cercado.


O local de oração, voltado para Huayna Pichu.

Huayna Picchu é uma montanha mais alta, cujo acesso se dá por Machu Picchu. Para conhece-la, há que se ter muita disposição e não ter medo de altura. O caminho é íngreme e por vezes a beira do abismo. O número de visitantes é mais restrito ainda. Do nosso grupo, 3 jovens casais se aventuraram.

Há fiscais espalhados por toda Machu Picchu. É um local sagrado e eles tem lá suas leis... não faz muito tempo, virou moda tirar fotos nu por lá e eles marcam em cima. O que eu não sabia é que não pode clicar uma foto homenageando seu time! Cliquei a foto abaixo e eles vieram pedir para não fazê-lo. Ok, já tinha feito mesmo... hehehe

Nosso passeio guiado durou em torno de 2h. Depois, o guia se despediu e eu e Domi fomos explorar a parte mais alta da cidade.


Existe uma trilha que leva até o topo de Machu Picchu. Segundo o guia, umas 2h de subida e 1:30h para descer. Não nos animamos.

Bom, devem ter percebido que fizemos nosso passeio na “lei do menor esforço”. É possível conhecer muito das construções Incas dessa forma, incluindo a mais famosa de todas.
Mas, existem trajetos que podem levar dias caminhando pelas trilhas Incas. Sobre o assunto, encontrei um texto interessante na página: http://noticias.terra.com.br/ciencia/encontrado-novo-trecho-do-caminho-do-inca-que-chega-ate-machu-picchu,310bb94a5fd66410VgnCLD200000b2bf46d0RCRD.html
É sobre a recente descoberta de um túnel em Machu Picchu. Destaco abaixo um trecho sobre as trilhas Incas:
O Caminho Inca (Qhapaq Ñan, em idioma indígena) é uma rede viária de 40.000 quilômetros que unia Peru, Chile, Colômbia, Equador, Argentina e Bolívia, que acabou de ser construída durante o império inca e cuja maior parte está no Peru.
Vários governos da região solicitaram de forma conjunta à ONU que declare o Caminho do Inca como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Segundo historiadores, o Caminho do Inca tinha, a cada 7 km, um pukara (posto fortificado) que exercia controle do movimento dos transeuntes. A cada 21 km, tinha um tambo (pousada) para que o Inca e seu séquito descansassem e se abastecessem de água e comida.”

Na saída, passamos no balcão para carimbar nosso Passaporte. Não tem qualquer valor legal mas, é muito chique ter esse carimbo, né não?


Por volta das 12h descemos para Águas Calientes e almoçamos no Inkawasi restaurant

Além da cerveja gelada, atendimento perfeito e comida deliciosa, um grupo tocando músicas peruanas se apresentou. Estava mais que perfeita a comemoração do meu aniversário. Minha filha ainda mandou um bilhetinho pedindo para cantarem parabéns e eles cantaram... lindo demais!
Depois do almoço, tivemos pouco tempo para conhecer Águas Calientes e basicamente, passeamos pelo Mercado de Artesanato.

Nosso trem saiu as 16:13h e o destino final era Cuzco mas, parte da estrada ferroviária está em obras e na estação de Paccha (depois de Ollantaytambo), foi feito translado do trem para ônibus.
Os trilhos seguem serpenteando o Rio Urubamba. É fácil imaginar o curso de um rio no meio de montanhas altíssimas, né? A paisagem é DESLUMBRANTE!!!

O trem possui tetos de vidro por onde vemos a imponência da cordilheira dos andes. Montanhas muito altas, algumas chegam a ter neve em seus picos. Avistamos diversos sítios com construção inca.

Dica importante: na ida a Machu Picchu, procure sentar a esquerda. Na volta, o contrário.
Foram 2h de trem e mais 2h de ônibus. Apesar do trecho percorrido em ônibus ter sido noturno, permitiu apreciar o belíssimo céu, sem nuvens e repleto de estrelas.
Eu tentava tirar um cochilo e não conseguia... comentei com minha filha: “como pode? Dormi só 4h na última noite e andamos o dia inteiro mas, não estou cansada nem tenho sono”. Ela respondeu: “eu também”. Foi então que realizei... a tão falada energia de Machu Picchu existe!
Chegamos a Cuzco, tomamos um banho e saímos para a famosa “noite cusqueña”. A vida noturna é agitada. Vários restaurantes, pubs e boates que começam a ter público depois das 23h. E a noite estava perfeita: céu estrelado, lua cheia e um friozinho gostoso!


Fomos ao Mama África na plaza de armas. É um bar em dois ambientes com Dj. Ótima opção. Boa música, aperitivos e uma variedade de drinks e cervejas.


Saimos de lá as 2 da manhã e ainda havia muita gente, basicamente turistas.

23/04 - CAMINHO DE CASA....


Nosso retorno foi com uma conexão de 5h de espera em Lima. Desembarcamos em voo doméstico e portanto, ficamos livres para circular fora do aeroporto.

A princípio pensamos em ir ao Shopping Falabella. O problema é que o aeroporto fica distante do centro, ligado por uma rodovia tipo nossa Av. Brasil e, na hora do rush fica completamente congestionada (dica da minha amiga, agente de viagens Janaína Karam). O jeito foi achar um bar com wifi e bebericar umas cervas até a hora do embarque. Foi ótimo para anestesiar e dormimos o voo todo!

Dica final: Para os brasileiros basta a carteira de identidade para entrar no país mas, em algumas atrações pediram o passaporte. Levando em conta o carimbo em Machu Picchu, melhor levar o passaporte.
O dólar americano é aceito até por camelôs. Troque pouco em Nuevos Soles pois o câmbio não é dos melhores.