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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

JERICOACOARA - 28/02/11


Inicio esse post com um comentário relevante sobre Jeri: como tem sapos nessa cidade! Sapos mesmo, de 15 a 20cm. Os bichos parecem domesticados, estão pelas ruas, a gente passa e não estão nem aí. Ontem eu estava na rede, na varanda do meu quarto, quando apareceu um embaixo da rede. Conversei com o dito cujo, ele me olhou, ficou um tempo e depois saiu de fininho!

Mas vamos ao dia de hoje!

As 8:30h, Paulão nos pegou na pousada. Fomos direto a uma margem de mar, um manguezal, onde há um berçário de cavalos marinhos. Embarcamos na canoa do pescador, não andamos nem 3min e começamos a avistar os bichinhos. Muitos, muitos mesmo! Ficam nadando perto da margem. Uma gracinha! O pescador caçou 2 numa bacia e pudemos observar de mais perto e clicar fotos (estão no Picasa)

De lá, seguimos para a Praia do Preá. Fica em outro município mas é pertinho. Alguns cliques e nos enfiamos mato a dentro até a Lagoa Azul. Mais fotos e mais solavancos na estrada de areia até a Lagoa do Amor (esta, estava meio vazia). Tem um formato de coração mas com pouca água, o coração tava meio partido... rss

Nosso destino final foi a Lagoa do Paraíso. E que Paraíso! Lagoa com água clarinha, morna, areia fofinha e um bar com mesas na praia, delicioso. Ficamos ali por umas 3h. Muitos banhos, skol de garrafa, camarões e pro almoço, uma peixada cearense.

No retorno pra cidade, já estávamos "muertas" mas, precisava conhecer a famosa Pedra Furada, né? Fica a 3km da cidade e precisa subir um morro pra chegar lá. Contratamos uma charrete que cobra 15 pratas por pessoa. Nosso guia, Raimundo, parecia um gnomo encardido... rs. Uma figurinha, baixinho, cabelos totalmente desgrenhados, só usava um short. Chegando no alto do morro, vem a parte da caminhada. A tal Pedra Furada fica lááááá embaixo, a beira mar. Descer é um suplício, subir, missão para tri-atleta. Mas ir a Jeri e não tirar uma foto na Pedra Furada, é o mesmo que não ir, certo? É, pode ser mas eu juro que me despedi dela assim: Pedrinha, valeu, muito prazer e até nunca mais!

Voltamos para a Pousada e tiramos um cochilo. Quando levantei, minhas pernas doíam muuuiiittoo. Mas, lá fomos nós atrás da janta. Degustamos um delicioso caldo de mandioquinha com linguiça.

As férias estão acabando, uma pena mas, vivenciamos nesses poucos dias aventuras que valeram por meses. Os dias pareceram muito longos (graças à Deus). Hoje mesmo quando baixamos as fotos do dia, tivemos a impressão que a visita aos cavalos marinhos tinha sido há dias e não hoje pela manhã.

Vejam fotos no picasa:



domingo, 27 de fevereiro de 2011

JERICOACOARA - 27/02/11



As 9h Paulão chegou no hotel em Parnaíba para nos pegar. Ao contrário do previsto no roteiro, que seria pegar a estrada direto, ele foi pelas praias para conhecermos. Na estrada parou numa árvore, chamada Árvore Penteada. O vento fez com que ela crescesse toda para um mesmo lado, é coisa de doido!

Depois pegamos a estrada e haja ouvir estórias do Paulão... ele deu uma paradinha para nos mostrar a casa de um artesão, gay. O próprio veio nos receber, nem descemos do carro, a casa dele é uma obra de arte mutante, muito engraçada!


Seguimos até a cidade de Camocim onde fizemos a travessia de balsa e daí em diante, fomos pela praia. Só saímos da praia para subir as dunas, perto da cidade de Tatajuba. Muita emoção no sobe e desce das dunas, paisagens cinematográficas e paramos na Lagoa do Tatajuba ou Lagoa da Torta (tem os dois nomes), onde nos instalamos numa mesa dentro d'água e daí foi muita cervejinha, camarão e mergulhos.
Depois do almoço, mais dunas, travessias de lagoas e travessias de balsa até chegar em Jericoacoara, o que aconteceu perto das 16h.
Uma situação que vale o registro foi, chegamos a beira de um lago (formado por chuvas) e Paulão observava o melhor lugar para a travessia de Land Rover. Eis que do nada, observamos um cara nos chamando. Ele faz o trabalho do que podíamos chamar: flanelinha de travessia aquática. Ele foi correndo e pulando na frente para indicar o melhor caminho ao Paulão. Foi muito engraçado...
Chegamos com intenção de fazer algo mais entretanto, acreditem, há que se ter preparo físico de atleta para usufruir desse passeio em sua plenitude. Ficamos um pouco na piscina, caminhamos até a praia e pelas ruas e voltamos para um cochilo.
A noite saímos em busca de um caldo e depois pousada novamente, quando finalmente consegui atualizar o blog e picasa.

Parnaíba e seu Delta - 26/02/11


Ainda em Caburé, eu e Nilda acordamos as 6h e a Pousada continuava vazia. Resolvemos dar uma caminhada pela praia, com a intenção de chegar no encontro do Rio Preguiças com o mar. Andamos quase meia hora e nem sombra do tal encontro. Resolvemos voltar pois a barriga começava a roncar.

Arrumamos as malas e vimos os funcionários chegarem, ainda bem que foram rápidos em preparar o café da manhã.

As 9h nosso motorista e guia, Paulão, veio nos pegar numa Land Rover. Trouxe com ele um morador de Paulino Neves pois esse ia ensinar um novo caminho pelas dunas, perto de P.N.

Saímos pela praia e fomos assim por mais de meia hora. Vimos alguns pescadores, gado e fazendas. Saímos da praia para começar a aventura na travessia das dunas em P.N. É aqui que termina os "Pequenos Lençóis" que começam em Vassouras (lá na beira do Rio Preguiças - ver no post anterior).

Foi realmente uma aventura e tanto... o tal morador tinha "criado" um novo caminho para percorrer as dunas e acho que Paulão só não matou ele, porque seríamos testemunhas... rss. Voltas radicais, travessia de rio com água cobrindo a parte da frente do carro, loucura, loucura!

Na cidade de Paulino Neves, o morador ficou e pegamos a estrada, rumo à Parnaíba.

Segundo Paulão, a distância entre Caburé-MA e Parnaíba-PI é de 190km.

Fizemos uma parada numa belíssima lagoa em Tutóia, onde uma cervejinha matou a sede.

Paulão é um quase sexagenário, de fala mansa mas que não fecha a boca... como tem histórias e estórias para contar! rss

Chegamos em nosso hotel, quase 13h. Almoçamos lá mesmo e em seguida Paulão nos levou à Ilha Grande (é um município vizinho) onde embarcamos na lancha com nosso piloto e guia Riba.

Tadinho, o bicho feio se acha. Aliás, aqui cabe um parênteses, os homens do MA e PI tem um alter ego que não cabe neles. Se eles tivessem 10% da beleza e charme que acham que tem, seriam os mais belos homens do país!

Riba nos levou através dos rios e igarapés que compõem o Delta do Parnaíba, antes, sugeriu que comprassemos bebidas num boteco que empresta o isopor e vende gelo.

De cara iria fazer uma parada numas dunas mas, o almoço ainda tava no gogó, seria impossível fazer qualquer esforço físico. Continuamos então pelos rios e igarapés até as dunas da Praia do Feijão Bravo. Ali desembarcamos e cruzamos as dunas até o mar. Que água quentinha...

Perguntei quantos quilômetros teríamos percorrido no total, ele chutou uns 45km.

A noite, por sugestão do Paulão, fomos na Beira do Rio onde ficam os bares e me deliciei com caranguejos enormes. Foi de lamber os beiços e sujar a blusa toda.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Vassouras, Mandacarú e Caburé - 25/02/11


Saímos de Barreirinhas para Caburé pelo Rio Preguiças, em lancha com capacidade para 14 pessoas, lotada. Velocidade média de 45 km/h, percorrendo um total de 38km.

Na metade do caminho, despencou uma chuva de proporções bíblicas. Foram mais de 20min de chuva, na lancha aberta, deixando todos ensopados.

Primeira parada foi em Vassouras, onde existem 2 bares e mais nada. Num deles, há diversos tipos de bichos: tamanduá (filhote), macacos, coelho, papagaios, patos, bodes (filhotes), etc. Em Vassouras inicia o chamado "Pequenos Lençóis" que segue até a cidade de Paulino Neves.

Por estarmos encharcadas, eu e Nilda experimentamos a famosa cachaça da região - a Tiquira. Tem sabor de conhaque e um tom azulado.

Segunda parada foi na comunidade de Mandacarú ontem tem o farol do mesmo nome. Ali, somos recepcionados por crianças entre 4 e 8 anos que se oferecem de guias. Elas vão "adotando" os turistas e seguem repetindo um "script" ensaiado. Alternam histórias com músicas. Suas vozes fraquinhas e enroladas, só dá para entender quando cantam. Se tentamos interromper o script com perguntas elas param, nos ouvem, mas não respondem, continuam de onde pararam.

Terceira parada, nosso destino por hoje, Caburé.

Existem apenas pousadas (quatro). Havíamos escolhido a Paturi mas, desembarcamos na Porto Buriti, onde os demais viajantes almoçariam. Quando fomos à Paturi, que é ao lado, foi decepcionante. O quarto era muito simples e não havia tela de mosquito nas janelas. Essas tinham persianas super largas... ao ver camaleões passeando do lado de fora só me ocorreu que eu dormiria e poderia acordar com um deles na minha cara.

O jeito foi "morrermos" na diária paga antecipadamente e pagar outra na Pousada Porto Buriti. Valeu cada centavo!

Nos deram o chalé nr. 6, de frente para o mar, mais tarde entendemos a deferência, éramos as únicas hospedes!

Depois duma ducha, pedimos o almoço - peixe frito com arroz, vinagrete e farofa. Após, fomos testar o "redário". Foi uma das melhores sonecas de nossas vidas.

Quando acordamos fomos ao outro lado da pousada, verificar se o mar era quente, e é!

Caburé fica entre o Rio Preguiças e o mar. A pousada entre os dois. Talvez um pouco mais de 1km separam a água salobra da salgada.

Eu e Nilda curtimos, na sacada do chalé, o som do mar. Depois do banho de chuveiro e outro de repelente, fomos para o restaurante e descobrimos que só tinha ficado a cozinheira - Da. Ernestina e o garçon - Márcio. Muitas Bohemias, muito papo com eles e Da. Ernestina nos preparou uma farta porção de camarão sem casca e uma canja.

Incentivamos à eles irem para casa (do outro lado do Rio Preguiças - de barco) e pudemos gritar: AHA, UHU, A POUSADA É NOSSA!!!
Em Caburé não há energia elétrica. O gerador é desligado entre 15h e 18h e depois entre 22h e 07h.

Fomos dormir antes das 21h. Tanto eu quanto Nilda acordamos várias vezes, acho que estranhamos o som do silêncio, quebrado apenas pelas ondas do mar.

Ja sabem, fotos no Picasa!

Barreirinhas e Lençõis - 24/02/11




Saímos de São Luiz rumo à Barreirinhas as 8h. O percurso de 265km, demorou 4hs com 1 parada. A estrada é boa até a entrada de Barreirinhas. As ruas internas da cidade são, na maioria, ruas sem asfaltamento. Nossa pousada - Encantes do Nordeste, fica distante do centro, e o acesso é péssimo. A vantagem é que fica na beira do Rio Preguiças e tem um belo restaurante.

Almoçamos rápido pois as 14h viria a "Jardineira" nos pegar para o passeio pelos Lençóis. É um jeep adaptado, com 4 bancos de 3 lugares, cada, na parte traseira.

Após pegar mais um casal num resort e 2 mulheres noutra Pousada, seguimos para a travessia de balsa pelo Rio Preguiças e prosseguimos por um caminho de muita areia e alguns lagos, pelo caminho. Só mesmo carro 4x4 alto, para vencer a trilha. São 10km até chegar aos Lençóis. Esses são protegidos e nenhum veículo pode subir nenhuma duna. E começou nosso sobe e desce, a pé, pelas dunas. Percorremos 1,5km até chegar a Lagoa dos Peixes que é a única que fica cheia todo o ano.

Pelo caminho, vimos outras lagoas que estavam com pouca água.

Aqui no Norte, pela proximidade com a Linha do Equador, só tem 2 climas no ano: Inverno (jan a jun) e verão (jul a dez). No primeiro, chove muito, no segundo quase nunca. A temperatura mínima nunca fica abaixo dos 24 graus.

Então fica a dica para quem quer conhecer os Lençóis, venham no segundo semestre do ano, quando encontrarão as lagoas repletas de água.

A entrada dos Lençóis fica a 28km do mar.

Mesmo no "Inverno rigoroso" (como os locais repetiram várias vezes), pudemos ver a beleza dessa imensidão que são os Lençóis. Vejam as fotos no Picasa!

A noite, fomos na Beira do Rio (uma rua com passarela e alguns barzinhos). Por sugestão do guia fomos ao Bar Los Ventos, onde escutamos MPB ao vivo, petiscando filezinho de peixe e camarões, regado a muitas Bohemias estupidamente geladas!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SÃO LUIZ - MA 23/02/11

Depois de uma semana maravilhosa em Arraial do Cabo com a família, as férias prosseguem com minha amiga Nilda, pela Rota das Emoções.

Começamos por São Luiz, chegamos na madrugada, tiramos uma soneca e passamos a manhã perambulando pelo Centro Histórico, onde estamos hospedadas.



O casario português está bastante maltratado mas, ainda é possível perceber a beleza da arquitetura.

Depois do almoço, fizemos um city tour pelas praias. Nosso guia, Contador por formação, conhece a história do Maranhão como nenhum outro historiador!

Foram tantas histórias em tão pouco tempo, que não registrei nem 10% do que ele falou... rs. Algumas curiosidades:
- A maré no MA tem a maior variação de todo Brasil. Ela desce e sobe, diariamente, numa diferença de até 7,20mt. Sim, mais de 7 metros!!! A baia que fica de frente ao hotel, fica seca na maré baixa, como pode-se observar nas fotos abaixo:
O guia afirma que maranhense não passa fome pois, mesmo que seja preguiçoso, basta estender a rede na maré cheia e voltar andando na maré vazia, pra pegar os peixes.


- Ele conta que o povo do sul/sudeste não entende porque o nortista e nordestino não gostam de trabalho... ele tem uma explicação simples pro assunto: Genética! São descendentes de portugueses, negros e índios. Os primeiros, botavam o segundo pra trabalhar, que só o faziam debaixo de chicote. Já os índios, preferem o suícidio ao trabalho. "piadinha, é claro"

Enfim, um guia divertido, cheio de histórias, que nos proporcionou uma tarde agradável.
Voltamos ao Centro Histórico, na intenção de jantar. Os barzinhos começavam os serviços. Lembra muito a Lapa no RJ. Mas um chuvisco e uma cerveja quente servida no bar "Antigamente", nos convenceu a retornar ao hotel e jantar por aqui mesmo.
Ao descer pro restaurante, uma surpresa: o time do Sport (recife) está hospedado em nosso hotel. Não é nada, não é nada, mas jantamos perto de um grupo de rapazes simpáticos e barulhentos! rss
Mais fotos no Picasa: